Afinal, o que é mais importante: o conteúdo ou a origem da mensagem? Neste momento em que a humanidade se surpreende com uma era digital, a velocidade e facilidade da comunicação fez multiplicar sobre nossas mentes uma quantidade absurda de informações, as quais consumimos sem grande critério.
Na medida que quase nos afogamos nas novidades oriundas dos quatro cantos do planeta, nos deparamos com muitas outras vindas de supostas instâncias superiores.
A falta de filtros confiáveis coloca os incautos, e muitas vezes, ávidos leitores, sobre a influência de todo tipo de conselhos e soluções mágicas para seus problemas, sob a égide do sagrado, do ancestral ou até mesmo do divino. E muitas vezes adoecem no meio desse amontoado de pseudoverdades.
Como saber de fato as verdadeiras origens dessas missivas?
Tomando apenas como exemplo o que se costumou chamar de canalização, entre muitas outras formas de apresentação de mensagens, propostas ou caminhos, seriam todas, realmente, de origem suprafísica?
Ora, se alguém desejasse influenciar pessoas e não tivesse credibilidade pública, poderia optar pela estratégia, inocentemente ou não, com boas intenções ou não, do “acredite no superior”. Utilizaria, por exemplo, da manipulação da fé. O ser humano tem necessidade de ter fé no outro e se esse outro for anunciado como sendo de um plano superior, o conforto prometido parecerá ainda maior.
É preciso lembrar que podemos realmente nos conectar à consciência universal através de uma possível expansão, mas somos nós os agentes, isto é, somos nós que processamos através de condicionamentos e engramas de nosso cérebro físico, o material colhido. Decodificamos de acordo com nosso conhecimento, vontade e desejos. E também baseado nesse “quem somos” ou achamos que somos, depende o que colhemos.
Resumindo, é preciso cuidado com o que se consome na era digital, especialmente quando se tratam de hipóteses ou visões filosóficas.
Seres iluminados, encarnados ou não, não fazem promessas, não desvendam o futuro, não oferecem curas mágicas, não pedem que se acredite em nada. Apenas sugerem reflexão.
Faça suas escolhas pelas palavras e não pela suposta origem das mesmas.
Este texto foi escrito por simples seres humanos, como vocês.