Alguns temas atuais vão se tornando recorrentes, tais como a impressão de que existe uma aceleração das atividades em geral e de que o tempo está passando mais rápido; nota-se ainda uma sucessão de grandes acontecimentos mundiais e mudanças nas relações humanas, entre outras coisas. As justificativas passam até mesmo por uma suposta mudança planetária com portais abrindo passagens para outras dimensões ou por transformações da consciência universal.

Quando encontramos algo novo e não o compreendemos podemos optar por uma explicação esotérica, o que significa procurar esclarecimentos ocultos, usando tradições filosóficas ou religiosas que fazem parte de nossas crenças.
Todavia, muitas alterações tecnológicas e sociais ocorreram nos últimos anos e se transformaram também naquele algo novo e  incompreensível para muita gente, gerando também interpretações transcendentais, até porque, de fato, são mesmo coisas extraordinárias.

A Internet que conhecemos teve início nos anos 90 com a criação do famoso www* e foi impulsionada pelo avanço impressionante das tecnologias digitais, como os microprocessadores, que nos permitiram ter em casa, ou mesmo no bolso, computadores de alta performance. As capacidades de processamento dos computadores cresceram a uma taxa inimaginável de 55% ao ano.
Estamos vivendo a maior revolução tecnológica no planeta, muito mais impactante e rápida que as das navegações ou da revolução industrial. Hoje mais de 3 bilhões de pessoas estão conectadas na Internet, com acesso imediato a um número impensável de informações.

Vivemos a “Nova Era Digital”

Esta nova era tem impactos em todos os segmentos da sociedade, tais como relações humanas e suas consequências emocionais, cultura, política e poder, trabalho, educação e religiosidade. As consequências ainda são estudadas de forma insipiente, pois a velocidade das mudanças tecnológicas é muito superior à capacidade de análise da sociedade.
Dependências e vícios digitais, por exemplo, são comuns e conhecer alguém que sofre desse problema já é uma realidade, mostrando claramente os fortes efeitos psicológicos dessa nova era.
Hoje temos disponíveis blogs, websites, vídeos, áudios, imagens e jogos a qualquer hora, seja for o local onde estivermos. Temos capacidade para gerenciar todas essas informações?
Temos as vantagens digitais, mas também somos exigidos por isso, pois não podemos mais dizer que desconhecemos algo. Basta dar uma busca no Google, por exemplo, para termos acesso a milhares de informações sobre qualquer assunto.
Nossas novas percepções podem não ser uma simples consequência de vivermos uma nova fase do planeta ou da consciência universal, mas sim originadas por uma nova era tecnológica que alterou a forma, a intensidade e a velocidade com as quais percebemos o mundo, alterando nossas relações com ele.

Será que se um grupo de pessoas fosse isolado por longo período em uma ilha, sem acesso às novas tecnologias, suas percepções de mundo, com as devidas consequências, não seriam semelhantes às de indivíduos que viveram séculos atrás?

Na dualidade eterna do planeta entre física e metafísica, ciência e espiritualidade, plano material e planos suprafísicos, o que afinal teria nos levado à nova era digital? As mudanças sentidas são advindas da evolução tecnológica ou a evolução da tecnologia foi causada pelas mudanças das energias planetárias?
Cada um tem o direito de escolher.

Resumo:
1. Nossas percepções de mundo estariam mudando em função de releituras de posturas esotéricas ou em função de tecnologias digitais emergentes?

2. Afinal, quem tem razão: os cientistas ou os espiritualistas herméticos?

3. Talvez, um dia, quando abandonarmos a questão da dualidade possamos achar a resposta para o fenômeno  da nova era digital.

 

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