Entre a vida e a morte
Para compreender a morte, com milhares de pessoas desencarnando a todo momento, precisamos antes entender o mecanismo da evolução e dos destinos. Usemos o termo “evolução” apenas para facilitar o entendimento do texto, e nunca relacionado à iluminação, como poder-se-ia pensar.
Não existe um determinismo em cada vida na Terra. Cada ser tem um caminho ou uma prioridade, mas tem também liberdade para modificar esse contexto, alterando o seu meio e criando um carma evolucional. Neste modelo os destinos não estão previamente marcados, estão apenas orientados.
Não havendo determinismos individuais podemos perceber melhor o destino coletivo.
Nossas escolhas
O sistema universal não funciona com predeterminações. Se assim fosse não seria necessário ter vida em evolução. A divindade, por assim dizer, deu individualidade aos seres, livre arbítrio, possibilidade de escolha e mudança. Tudo está interligado: o homem, a natureza e o universo, com causa e efeito.
Também há um caminho original na formação do universo físico e, da mesma maneira, também acontecem influências infinitas neste meio e, dentre estas, estão os outros planetas, meteoros, galáxias, “universos” e, no diminuto, as influências do homem em seu habitat.
Como se vê, as interligações são complexas, lentas no tempo do homem, mas efetivas. Acontecem. Fazem parte do complexo sistema da evolução, não apenas do homem, mas do universo dito físico.
O universo em permanente mutação
O processo de evolução só pode ocorrer por mudanças, por alterações. Sem elas não há como crescer; tudo estaria estático e previamente determinado, cessando o processo de evolução, mesmo sendo dinâmicos os acontecimentos.
A Terra, um dos elementos da evolução universal, também sofre suas alterações; algumas por influências de seus habitantes, outras por influências de sua natureza ou do universo a que pertence.
Quando ocorrem alterações mais significativas, podem atingir muitas partes do grande conjunto, influenciando os seres que a habitam.
A ira de Deus ou um processo natural?
Grandes alterações, quando sensíveis aos seres em seu tempo, são denominadas catástrofes, como terremotos, furacões, tsunamis e outras forças de transformações naturais.
Muitas vidas podem ser influenciadas e, até mesmo, interrompidas. Apesar de parecer cruel em primeiro plano, faz parte do grande processo da evolução.
Muitos entendem como castigo divino. Todavia, pode-se pensar num processo no qual todos estão inseridos, sem exceção, mas também não devemos entender que há um jogo de dados no universo e que todos nós estejamos sujeitos à simples casualidade.
Para compreender melhor, temos que ter em mente que o processo de evolução não se dá em uma vida apenas; dá-se em milhares de anos; na realidade, nunca cessa. Para quem imagina que o homem tem uma única existência pode parecer que existem injustiças e até mesmo azares.
O filme de nossas vidas
Um dia em sua vida, por exemplo, você se cortou com uma faca. Se tirassem, no momento do corte, uma fotografia e mostrassem-na como sendo sua vida, você seria, eterna ou unicamente, uma pessoa ferida. Agora, se fosse feita uma série de fotografias, poderiam ver que logo após o corte foi feito um curativo seguido de cicatrização e, muito em breve, não haveria mais lembranças deste incidente. Mas você, a partir de então, se cortaria menos, pois sua essência teria aprendido a respeito das facas.
Não podemos ver nossas vidas como uma fotografia de uma existência; precisamos ver o filme que está sendo feito eternamente. O que fizemos no “passado” tem influências em nosso “presente” e no “futuro”.
As decisões e o carma
Como se vê, há uma interligação entre todos os acontecimentos. Há o livre arbítrio, mas o carma prevalecerá quando vemos o filme passar, ou seja, vemos não apenas o momento de uma única existência, mas o conjunto de várias vidas. Nossos atos e decisões influenciam o universo e nosso carma será determinado.
Quando compreendermos melhor este complexo e interligado mecanismo da evolução, poderemos aceitar, no global, os sofrimentos e dificuldades que enfrentamos. Por que, afinal, uns se debatem nas águas enquanto outros encontram uma árvore para subir?
A Lei que rege de maneira perfeita a evolução universal é o amor. Praticando-o, o eterno crescimento estará sendo formado.
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