Quando observamos as injustiças, as desigualdades e os tormentos patrocinados por nosso espírito predatório, percebemos que no cerne da questão do sofrimento no mundo está o próprio ser humano.
Este projeto tem como objetivo instrumentalizar as pessoas para que possam, se quiserem, despertar da inconsciência, isto é, deixarem de viver e reagir como se estivéssemos todos numa espécie de piloto automático acionado, permanentemente, por nosso passado.
Este passado, que traz à tona nossos desejos, condicionamentos e defeitos. Aqueles que forjamos lentamente e aos quais nos acostumamos e reproduzimos no dia a dia, até meio inconscientemente por vezes, como se não houvesse outra maneira de sobreviver.
Através de textos para reflexão e de outros que fazem parte de uma primeira série denominada de “Felicidade Consciente” este projeto espera contribuir para que os indivíduos possam perceber o que realmente pensam e sentem.
Colaborar para que aprendam a observar como reagem ao ambiente e às suas provocações cotidianas. Como não prestamos atenção, reagimos precipitadamente e sem pensar, sempre dentro de um mesmo padrão, mobilizando emoções de raiva, medo ou culpa, disfarçadas num sem número de outras coisas, como vitimização ou irritação.
Entregamo-nos ao sofrimento sem compreender suas origens, o que impossibilita nossa modificação e consequente felicidade.
Porém, para a irradiação do bem, levando em conta que as pessoas são essencialmente boas, se faz necessário encontrar o caminho da felicidade, pois só assim é possível potencializar a compaixão.
Se nos libertamos da luta individualista do sofrer, observaremos com mais clareza o mundo à nossa volta, o que nos tornará mais eficientes em nossas contribuições.
Para que esta libertação possa realmente acontecer, para que possamos de fato encontrar o caminho da felicidade precisamos também, e antes de mais nada, entender e transformar nosso modo de agir e pensar, o que só acontecerá quando olharmos para dentro de nós mesmos sem desculpas, sem medo e com mais honestidade. Técnicas simples poderão ajudar nessa tarefa.
No fundo, lá bem no fundo, todos nós temos uma boa noção de quem somos de verdade. Mas aí, ou arranjamos mil razões para justificar nossas manias, teimosias, irritações e intolerâncias ou, simplesmente, fazemos vistas grossas ao nosso modo de ser, isto é, fingimos que não sabemos de nada. Alegamos ignorância no assunto e continuamos a defender nossa inocência, como se o mundo inteiro tivesse a obrigação de nos aguentar do jeito que somos. Esquecemos, no entanto, que isto poderá nos afastar do amor das pessoas.
E isso tudo vai nos confundindo de tal maneira que, por vezes, não sabemos mais quem somos. Vivemos iludidos em nossas verdades particulares.
Todavia, se quisermos nos libertar de nossas dores e também viver num mundo melhor e mais justo precisamos, antes de tudo, descobrir e modificar o nosso mundo interior.
A verdadeira revolução que um dia tornará nosso planeta um mundo melhor, começa dentro de nossas mentes.