Post 45 – Felicidade não cai do céu

O jogo da vida
Você já parou para pensar no jogo da vida, aquele que se chama felicidade? No post anterior falamos dele, deste mosaico de notas desafinadas que formam nosso emocional e dos passos necessários para aprender a jogá-lo de forma mais eficiente, a saber: vontade, liberdade, responsabilidade, verdade, honestidade e ação.

A vontade é representada pelo desejo verdadeiro de mudança interior. A liberdade é a nossa possibilidade de fazer escolhas. Por responsabilidade entendemos o uso distraído e contínuo de nossos defeitos na administração dos conflitos. A verdade é constituída pelo próprio caminho em si, fazendo do resto uma mera consequência. A honestidade, naturalmente, passa pela coragem de sabermos quem somos de fato. E a ação é a busca do caminho, saindo da fantasia que a felicidade virá de fora para dentro.

As três chaves da felicidade
Se pudermos dar um passo adiante e resumir a estratégia desse jogo, poderíamos dizer que são três as chaves da felicidade: sabedoria, vontade e atividade. Não há como conquistar felicidade sem vontade e ação, mas o resultado sempre dependerá de sabedoria. A toda causa corresponderá um efeito, abstrato ou concreto. É quase como uma magia.

Se pensarmos nisso, poderíamos dizer que o que os cientistas de hoje chamam, por exemplo, de explicações quânticas, nada mais são que magias, pois magia é todo movimento produzido pela vontade do pensamento capaz de ocasionar uma modificação.

Ora, partindo do princípio que toda modificação de mundo interior, como temperamento, defeitos ou personalidade, isto é, todos aqueles itens que nos causam dores emocionais, é cognitiva e não sentimental, como a maioria pensa, é preciso saber que estamos trabalhando todo o tempo com nosso mental, com nossos pensamentos.

Sabedoria
Voltando à primeira chave para buscamos a felicidade, que é a sabedoria, precisamos lembrar que é ela que determina a qualidade ou tipo de modificação que será efetuada. Isto é, não adianta termos conhecimento se não transformamos as informações em sabedoria. Por exemplo, sabemos dos perigos de escalar uma montanha gelada, pois lemos livros a respeito e assistimos um sem número de documentários. Enchemo-nos de coragem e partimos para a aventura. Mas, se não contarmos com o apoio de quem já sabe escalar, boa estrutura e treinamento adequado, a chance de dar tudo errado é grande. Podemos morrer tentando a façanha. Isto é, informação sem sabedoria que a transforma numa meta lícita e adequada, de nada vale.

Vontade
Da mesma maneira também nada adiantaria termos todos os itens necessários e ficarmos apenas fantasiando que um dia vamos escalar montanhas. Obviamente não sairemos do lugar e ficaremos nos remoendo dentro dos sonhos não realizados. A vontade imprime na energia mental o efeito que se deseja, para que a atividade o realize em algum momento.

Atividade
Por fim, mesmo que nos empanturremos de vontade, mas, acomodados e preguiçosos nos contentemos apenas com os sonhos de felicidade, eles nunca sairão do papel, como se costuma dizer. A atividade se faz necessária para colocar essa energia em movimento.

Na magia falamos em árvore da vida, onde nossos desejos geram uma ação que seria seu fruto, para o bem ou para o mal. Sim, porque a magia, contrariando o que a maioria pensa, pode ser feita para o bem. Por exemplo, a mãe que reza pelo filho ou o amigo que, através de uma ação amorosa, disponibiliza esperança para o outro, mesmo à distância.

Magias não caem do céu
Aqui, neste post, falamos no jogo da vida, mas que não deixa de ser a mesma coisa. Nosso sofrimento é consequência do descompasso entre uma falsa sabedoria, uma vontade fraca e uma inércia preguiçosa, acomodada dentro da dor conhecida e que vem sendo administrada através do tempo.

Como se vê, nem mesmo os grandes magos podem ficar esperando a magia cair do céu. Muito menos nós quando pensamos em nosso bem-estar ou em nossa paz, pois, da mesma forma que a magia, a felicidade pode ser construída e também disponibilizada para os outros a partir de nossa própria modificação e sabedoria, quando então nos transformamos em agentes de modificação do universo.

Então? Qual é a sua disposição? Transformar-se ou passar a vida sofrendo?

Resumo:
– os passos para se aprender as estratégias do jogo da vida seriam: vontade (desejo de mudança), liberdade (as escolhas), responsabilidade (nossos defeitos), verdade (o melhor caminho), honestidade (quem somos) e ação (a busca definitiva).
– as três chaves para a felicidade seriam: sabedoria (adequar a informação), vontade (superar as fantasias) e ação (sair da inércia preguiçosa).

 

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