As religiões e a busca da divindade
O que sempre proporcionou o surgimento das mais diferentes religiões e crenças em todas as épocas, parece ter sido as muitas formas de compreensão da divindade e até mesmo de sua negação. Cada uma delas serviu para um determinado objetivo ou função, dependendo dos acontecimentos históricos, das tragédias da humanidade ou de nossos medos frente às coisas que não podíamos controlar.

A garantia da vida eterna
O mesmo se dá com o entendimento das razões da vida no planeta.
“Por que sofro assim?” _ ou ainda melhor, apesar de incoerente _ “Como faço para não morrer quando a morte chegar?”.
A partir daí, talvez o melhor conceito para religião é ser um caminho inteligente ou interessante, inventado pelo homem, que nasce condenado a morrer, para trilhar com mais tranquilidade o misterioso e assustador mundo após a vida na matéria.
As religiões alimentam a esperança da manutenção de seu ego, seja em paraísos celestes, cidades espirituais, céus ou infernos. Não importa muito, desde que haja garantia de continuidade, enquanto, ao mesmo tempo alimenta a esperança dos reencontros e confraternizações.

Sofremos, mas não queremos nada diferente
Os homens reclamam de estar aqui e depois reclamam que não querem ir embora daqui. João se queixa do braço que não tem, mas não quer deixar de ser João nem mesmo depois da morte.
No fundo, o que existe por trás das religiões, é o medo da finitude, da perda do ego, dos amores, do conhecimento, dos sacrifícios, das conquistas e tantas outras coisas. Queremos mais é continuar a ser nós mesmos.
De acordo com a cultura aprendida ou adquirida, religião seria algo que garante vida eterna, nas mais diferentes maneiras que se possa imaginar. E cada maneira serve para um determinado número de pessoas por um determinado tempo de suas vidas. Pode ser por uma vida inteira ou por um breve momento.

A religião e os pseudos sábios
Os críticos modernos dizem que religião é para os fracos, para os espíritos atrasados ou para aqueles que não sabem se auto determinar e precisam ser conduzidos.
Ora, que diferença faz de onde vem a informação ou confirmação de que a vida pode ser eterna e que o ser poderá ter a chance de continuar a ser ele mesmo? Foi dedução própria? Veio de algum livro sagrado ou de alguma liturgia aprendida?
No fundo, é tudo a mesma coisa, pois mesmo os críticos procuram a imortalidade.
Traz tranquilidade e dá forças para seguir com a vida na matéria? Ótimo.

E a minha recompensa?
De qualquer modo, o homem parece embalar suas crenças em cima de uma busca desesperada pelas recompensas prometidas. Gratificações divinas pela honestidade ou compaixão, por exemplo. Acredita que seguirá para o lugar pretendido em função de suas atitudes durante o tempo encarnado no planeta. Em algumas religiões ele voltará para novas oportunidades e em outras, caso tenha errado muito, estará ainda mais condenado do que no dia em que por aqui nasceu.
De qualquer forma, nessa incessante troca de favores com os homens encarnados, a maioria das religiões não os liberta para o amor desinteressado, aquele que não espera recompensas.
Conquistar essa liberdade é missão pessoal de cada um.

 

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