Pare de criar expectativas
Quando pensamos em nós mesmos, é fácil perceber que passamos a vida criando expectativas que alimentem nossas teses pessoais, isto é, quase delirando com crenças sobre as maneiras como as pessoas ou o mundo deveriam reagir às nossas necessidades ou desejos.
É uma armadilha inconsciente para que possamos expressar livremente o que sentimos, para dar largas aos nossos defeitos sem termos que nos preocupar com os outros. Temos a enganosa ideia de que felicidade é algo que só acontece quando nossas vontades são saciadas.

Fique atento às próprias emoções
Somos induzidos à essas armadilhas através de nossas emoções. Em especial por aquelas que nos são mais habituais, amostras vivas de antigos padrões de comportamento, que vamos simplesmente repetindo.
Para o ser humano médio, nem sempre totalmente consciente, muitas vezes, quando as contrariedades da vida aparecem, as emoções se reproduzem de forma automática. A falta de atenção faz com que a pessoa não identifique o sentimento verdadeiro trazido pelo aborrecimento. A confusão de sentimentos faz com que ela caia na armadilha dos desejos não atendidos e transforme um simples aborrecimento, que poderia ser transitório, num grande e longo sofrimento.

Descubra as verdadeiras razões do sofrer
Cada ser pode encontrar em seus hábitos ou em sua história de vida, essas razões. Cada ser vive de acordo com uma tese de vida, que deve ser defendida a todo custo. Se a tese é, por exemplo, ser um coitado e que tudo na vida é muito ruim, torna-se uma vítima isenta de responsabilidades sobre o próprio sofrimento. Sofre, mas não deixa de ser muito confortável.
Confortável, mas, qualquer um que não lide com a realidade, jamais experimentará à felicidade real. Sugerimos sempre que as pessoas prestem mais atenção às suas emoções, pois os falsos sentimentos trarão pensamentos enganosos que nos tiram do presente, que é o único momento que dispomos para construir a felicidade. Aquela que ninguém vai construir por nós.

Aprenda a perceber o próximo
Já repararam como somos o centro do universo?
“Ah! _ diriam alguns _ Mas, se não for assim jamais seremos felizes e então não poderemos gerar felicidade para ninguém ao nosso redor”.
É uma frase linda, porém, costuma ser usada de forma inadequada, especialmente quando queremos justificar as bobagens que fazemos.
Temos grande dificuldade em perceber que as outras pessoas também têm necessidades. É como se as pessoas que nos rodeiam fossem invisíveis e somente as notássemos quando algo que nos interessa está acontecendo. A situação caótica do planeta mostra com nitidez a falta de empatia e, por consequência, a falta de compaixão que nos assolam. E pior fica quanto mais longe de nós as tragédias acontecem.
Talvez não devêssemos nos esquecer que a vida é um caminho de mão dupla, isto é, se você não se importar com os outros, ninguém se importará com você também.

Viva o presente
Embora, repentinamente, alçado a um inédito protagonismo nos últimos tempos, nada mais verdadeiro. Muitos já estão percebendo que viver o agora, o presente, é a única oportunidade de interferir na própria vida, mudar o que precisa ser mudado, aprender a sorrir e ser mais feliz. Até porque o futuro ainda não existe, e o passado, obviamente, já passou.
O problema nessa estratégia é saber dosar, porque, muitas vezes, na ansiedade de viver cada minuto numa busca insana de felicidade, novamente nos esquecemos das demais pessoas e nos tornamos insensíveis.

Ser feliz dá trabalho
Como é possível notar, ser feliz dá mesmo muito trabalho. Porém, menos trabalho do que passar a vida sentados em cima do passado ou sonhando com o futuro, ou ainda indiferentes à dores alheias, as mesmas que no minuto seguinte podem também nos afligir. Isso para não falar da inutilidade trabalhosa quando deixamos a felicidade escapar porque estamos sempre gastando nossas energias para provar que não somos responsáveis por ela.

Resumo:
– para ser feliz é preciso deixar de criar expectativas, isto é, ter consciência de que o mundo e as pessoas não reagem de acordo com o que imaginamos
– aprender a ficar mais atento às próprias emoções, isto é, sair do piloto automático e tornar-se desperto
– saber investigar as razões verdadeiras do sofrimento, isto é, abandonar a tese de que não somos responsáveis por ele
– treinar a perceber o próximo, isto é, desenvolver empatia e compaixão, já que podemos ser os próximos na fila
– viver o presente, isto é, não ficar preso no passado e não querer controlar o futuro, pois só usufruímos da felicidade agora

 

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